começando a fazer sentido

E sempre será assim , quando as palavras são fracas , o corpo padece...

devoras-me o centro da alma como sempre o fazes .

visto-me de mulher fatal para te desconcertar e acabo sendo eu a desconcertada.

amarras-me os vícios aos teus ...

vendas-me os olhos ...

amordaças-me a boca 

e só o teu cheiro sinto ... a macho ... no cio ...

e esparramo-me toda só de enebriar o cérebro com esse odor...

o lobo que me lambe todas as partes soltas e inertes ....

o sangue que escorre das cordas apertadas ...

o gozo que dá , nos bicos trincados ... 

ergo as ancas e sinto-te duro e hirto ....

e sou presa e cordeiro ....

debato-me como querendo soltar as amarras mas prender-me a ti ...

louco e insano te revelas .... e o suor pinga - me no rosto , ardendo ....

chio como fêmea encarcerada e acopulando pregada ...

faz sentido agora que me esgaças as coxas e me consomes , degustando cada pedaço...

primeiro com a boca e dedos e ... sei lá mais o quê ... 

tudo te saceia e a mim me envergonha .... 

de tanto prazer que sinto ao que me fazes ,

como me rebentas com teu falo , 

como o fazes engrossar em mim ...

amarrada a ti ... 

faz sentido como me tocas e agitas o teu corpo ferozmente contra o meu .... 

agarras-me a cintura e mais fundo te encaixas ...

grito abafado se solta por baixo do trapo que me tapa a boca .... 

e a uníssono nos vimos ... chiando ... gemendo .... suando .... pingando .... 

alcateia dormindo .... e nós ... gozando ....